
(Déborah Almada, presidente da Associação Catarinense de Imprensa)
Em primeiro lugar, meu muito obrigada à OCESC, nossa parceira de primeira hora, que viabiliza esse prêmio. Obrigada ao Crea-SC e a Fetrancesc pelo apoio nesta iniciativa que reconhece a excelência da produção jornalística do estado.
Agradeço também à Assembleia Legislativa, na pessoa do seu presidente, deputado Julio Garcia (PSD), pela sessão do espaço e pelo apoio ao projeto do memorial da comunicação catarinense, iniciativa que em breve queremos transformar em realidade.
Obrigada também a todos os diretores da ACI pelo trabalho que estamos realizando nos últimos anos. Agradeço em especial às queridas Lúcia Helena Vieira, que ocupou a presidência nos últimos três meses e foi responsável pela organização dessa noite, e Júlia Pitthan, coordenadora do prêmio.
Já sabem: qualquer problema que ocorra nas próximas horas, reclamem com elas.
Por fim, mas não menos importante, agradeço à homenageada da noite. Obrigada, Sônia, pela disposição de estar aqui e, principalmente, pelo trabalho que você desenvolve e que valoriza o bom jornalismo.
No começo de nossas carreiras, um tempinho atrás, tive a oportunidade de trabalhar com a Sônia. Acredito que divido com toda a plateia a alegria de reconhecer e aplaudir essa bela trajetória.
Você nos alerta sobre questões essenciais. O que estamos fazendo com a Natureza?
Com a fauna, a flora e as pessoas que já estavam aqui quando os descobridores chegaram? Por que optamos por comprometer o futuro mesmo diante de alertas tão claros?
O jornalismo faz isso. Gera conhecimento e nos obriga a pensar. Sei que muitas das matérias inscritas no Prêmio ACI Ocesc também têm esse poder. A força de despertar leitores, ouvintes, espectadores.
O bom jornalismo é transformador e precisa ser valorizado. Há poucos dias participei de uma reunião com a Fernanda Lara, da plataforma Imax, que lançou um projeto de fortalecimento do jornalismo independente. Obrigado David por ter organizado o encontro. Se tudo der certo, em breve teremos iniciativas da ACI nessa direção.
A pauta da conversa foram os chamados desertos de notícias – regiões onde hoje não há qualquer veículo de imprensa profissional. Esses desertos estão crescendo, e nós precisamos falar sobre isso.
A atividade jornalística é essencial para a proteção da sociedade.
Por isso, precisamos valorizar o trabalho de repórteres, pauteiros, editores e outros profissionais, a propósito do prêmio ACI Ocesc. E precisamos também estar atentos à sobrevivência do jornalismo como atividade, seja em grandes empresas, seja em iniciativas de jornalistas que empreendem de forma séria e responsável.
Temos entre os finalistas do prêmio reportagens de veículos de ambos os perfis, o que mostra que é possível fazer bom jornalismo dentro ou fora das grandes redações.
Todos podemos contribuir. Como indivíduos, precisamos consumir cada vez mais o conteúdo produzido pelo jornalismo profissional. Ler, assistir e ouvir o que fazem os colegas. Assinar jornais e revistas. Apoiar portais e projetos independentes.
Ao mesmo tempo, precisamos incentivar que empresas, entidades de classes e outras instituições apoiem a imprensa. Produzir conteúdo de qualidade custa dinheiro. O repórter precisa ser bem remunerado e ter condições adequadas de trabalho. O veículo precisa ter sua imparcialidade e independência garantidos. Sem anúncios publicitários a conta não fecha.
O bom jornalismo fortalece a democracia, protege a cidadania e forma uma sociedade mais forte. Incentivá-lo é essencial.
Vida longa ao jornalismo!