Fazer um resgate e um reconhecimento às histórias e trajetórias de vida e das carreiras de repórteres catarinenses. Esse é o objetivo do projeto Repórteres SC, que teve início em janeiro de 2023, e que reuniu desde então 22 entrevistas com profissionais da imprensa se SC. Ao registrar as histórias daqueles que ajudaram a construir o jornalismo do estado, a iniciativa procura impedir que esses profissionais caiam no esquecimento. “Sabemos de alguns jornalistas que morreram e depois procurando na internet não se achava nenhuma informação sobre eles, por exemplo, então a ideia é entrevistar profissionais mais antigos para a gente poder ter essa memória”, explica Elaine Tavares, uma das jornalistas à frente do projeto.
A lista de possíveis participantes conta com mais de 60 nomes, e cada uma das entrevistas ganha um destaque no site do projeto. Míriam Santini de Abreu, que também é responsável pela iniciativa, explica que, por meio de relatos individuais, é possível conhecer a história do jornalismo no estado. “Ao longo dos episódios, conseguimos perceber as mudanças no fazer profissional, nas técnicas e suportes, o nascimento e a extinção de veículos e a variedade de funções exercidas”, diz.
Segundo Míriam, as entrevistas acabaram trazendo à tona muitos dos problemas enfrentados pelos profissionais da comunicação durante a carreira mas também memórias positivas, “Vemos o estarismo, o racismo e a discriminação de gênero experimentadas no cotidiano de trabalho, mas também a parceria repórter-repórter, fotográfico-cinegrafista, a vivência docente, as grandes e históricas coberturas em Santa Catarina e, fundamentalmente, a paixão pela profissão”, afirma.
O projeto é realizado pela equipe da revista Pobres & Nojentas, composta por Elaine Tavares e Míriam Santini de Abreu, que bancam toda a iniciativa. Além delas participam o cinegrafista Felipe Maciel-Martínez e a repórter fotográfica Rosane Lima.